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CLJ Santa Rita

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Ministério de Música

30/04/2010 11:20

 

Texto de: SILVINHO ZABISKY, Comunidade Beatitudes

Nota

Sem a pretensão de querer elucidar as cabeças mais contrárias e querendo incentivar os valores que já existem (basta serem descobertos) dentro da própria Igreja Católica é que partilho sob construtivas ou destrutivas críticas, minha produtiva e frutuosa experiência no campo Artistico-cultural à serviço da Igreja, da própria RCC e do povo de Deus.

Em 10 anos de trabalho no ministério da música, tenho relatado pessoalmente e usufruindo como testemunho de vida, as riquezas que Deus, em Sua infinita criatividade, opera nas pessoas através do dom da arte. Parece-me que, pelo fato de querermos imitar a Deus com criatividade e discernimento, conseguimos, por interferência do Espírito de Deus, carregar um número colossal de almas à vida engajada na comunidade, dentro da Igreja, palco de toda vida eucarística e mística, ativa e criativa, movimentada e evangelizadora.

O que relatarei aqui são experiências de Deus através do teatro, da música e da dança como formas, sim, de expressão artísticas, contudo, realidade principal da expressão do amor de Deus.

Na verdade, criados por Deus, somos por excelência, co-criadores do reino aqui na terra e se, com criatividade artística o Pai deu-nos vida, podemos e devemos usar deste talento para gerar vida no mundo de hoje e principalmente na Igreja.

Trabalharemos neste texto com duas estradas desembocando num mesmo destino: o de Evangelizar. Num primeiro passo será exposto a expressão artística como necessidade da Obra. Num segundo momento contudo de real valor e importância, a formação do artística cristão como veículo direto e protagonista da Nova Evangelização.

Mais uma vez afirmo que não pretendo causar qualquer tipo de cizânia nem polemizar algo. Desejo trabalhar no campo das idéias e rezo para isso.

De minha parte fica a partilha de uma experiência. Com Deus, fica a convicção do que, quando e como fazer.

Um pequeno histórico

Desde os tempos mais antigos, a arte já era a forma de expressão do ser humano em todos os aspectos de sua vida. Nós, cristãos, criados a imagem e semelhança do Pai expressamos nosso louvor e gratidão da mesma forma. Por sermos feitos pela arte criadora de Deus, o Espirito Santo, que inspira como e onde quer sua arte, independentemente dos prós e contras, as mais diversas, belas e criativas expressões de um povo que se sente íntimo e amado por seu Criador. Este tipo de arte é uma poderosa e eficiente arma de comunicação e persuasão que pode ser usada pela e para a Igreja.

Porque então não usá-la com a finalidade de também se evangelizar acreditando que "Tudo isso foi criado por Ele e para Ele".

Vê-se claramente o avanço de seitas e outras formas de "avivamentos espirituais" vangloriar-se pela sua quantidade de fiéis adeptos de seus templos pelo uso até exacerbado da arte nos movimentos de gênero musical, usando de muito barulho e sentimentalismo advindos de um esterismo melódico, resumindo a fé e a salvação em acordes barulhentos e frenéticos e em mega-shows de puro lixo tóxico-cerebral.

Através de nosso pastor e pai na terra, o Papa João Paulo II, outrora ator teatral, que a Igreja reclama pedindo algo de diferente e novo que, sem dúvidas, a expressão artística pode oferecer: a tão falada, pregada contudo pouco praticada "Nova Evangelização: Nova nos métodos, nova no ardor, nova nas expressões".

Sendo assim, acredito que a sede não deve ser particularmente minha ou de grupos de artes que já visitei, a sede é do povo por isso, fica a encargo das tão temidas "lideranças" e "coordenações" da Igreja de Deus abrir-se para uma realidade que já está se fazendo vida, a da "Expressão artística a serviço do Reino".

"O que pode deter tanto amor assim? O que pode parar a obra que esta por vir? Ninguém segura, o leme é forte, a direção é ofensiva, seguir a meta que nos traçou o Amor de Deus". Silvinho Zabisky - Comunidade Beatitudes

"Porque eis que vou fazer obra nova, a qual já surge:não a vedes?" (Is.43,19).

No sentido literário 'obra' significa: "resultado de uma ação" e 'nova' quer dizer: "anúncio de uma coisa recente, novidade".

Ora, se acreditarmos na Palavra de Deus como verbo que se faz carne e produz vida, não se pode simplesmente ignorar o fato de que tudo que é novo tem providência das mãos de Deus (no sentido bíblico)."...vou fazer obra nova"; "eis que faço novas toda as coisas" ; "todo aquele que está em cristo é novo...". Também não se pode pecar negligenciando que na Igreja estão acontecendo mudanças que antes eram "loucuras" aos olhos de algumas lideranças mas que hoje, não passam de simples moção do Espirito na ordem de Nova Evangelização.

A música, a dança, o teatro, o canto, a poesia, os estilos, ritmos e composições podem e devem fazer parte desta Nova Evangelização, tomando sempre o devido cuidado em observar e seguir o conteúdo imutável e Santo da Igreja Católica Apostólica Romana.

Todavia, antes de falar da arte como instrumento do evangelizador para a Igreja, vamos certificar-nos de uma coisa: a arte é uma forma de expressão humana na qual pode se identificar o próprio Criador pois, para se obter arte é necessário vontade e criatividade e quem melhor do que o próprio Deus para tais atribuições. Para quem a exerce, a arte é um talento oferecido pelas próprias mãos Criadoras do Pai com a finalidade do louvor e adoração "pois a partir da grandeza e beleza das criaturas que, por analogia, se conhece o seu autor" (Sab. 13,5). Esta é a vocação da arte. E nada revela tão maravilhosamente o amor da criatura ao seu criador quanto seus talentos em prática através das belas artes para o povo de Deus e sua Igreja.

Definitivamente, nada se compara ao gosto incrível do compor sob o firmamento natural e noturno associado ao encanto e apaixonante presença do amor do Pai traduzindo-se em formas melódicas e dedilhadas.

A arte, seja ela qual for, deverá levar o homem a um estágio de adoração, à oração e ao amor do Pai Criador e criatura, Santo e santificador.

Da mesma forma que Deus presenteia-nos com os carismas tão bem definidos por São Paulo em sua carta aos Coríntios e com os dons de santificação apresentados pela Igreja, a arte também tem por natureza enunciar, pelas formas humanas, a beleza infinita de Deus Criador desde que usada para encaminhar almas para Deus e um auto-desejo de santificação.

Reflita por este lado: quantos foram os seus momentos de alegria sua vida? Como você se portou perante tal situação? Se há uma alegria estonteante rodeando nossa vida, cantar talvez definiria ou transmitiria um pouco de nosso sentimento. Associe o cantar como uma criação (sua voz, seu timbre, seu tom) com o desejo de transmitir. Isto nada mais é do que uma partilha entre Criador e criatura, amado e amante. Nosso desejo de expressar-se com o autor de vida é a conclusão e o caminho que a arte deve trilhar. Está sendo selada por fim a comunicação entre criatura e Criador e no mesmo episódio a vocação da arte se cumprindo.

Tenho particularmente uma convicção que adquiri por experiência em minha Comunidade e trabalhando com algumas pessoas: a de que Deus consegue uma abertura muito grande de corações pelas artes e um fruto de conversão muito significativo nas pessoas que as exercem com dedicação e esmero no desejo mais puro de coração.

Às lideranças digo que não tirem conclusões precipitadas nem criem barreiras intransponíveis, antes resolvam sob a ordem da própria Palavra de Deus: "não extingais o Espirito Santo, não desprezeis as profecias. examinai tudo: abraçai o que é bom. guardai-vos de toda espécie de mal" (I Ts.5,19-22). De encontro nos fala a vocação dos leigos na Igreja e no mundo, o Christfideles Laici: "A ação do Espírito Santo, que sopra onde quer, nem sempre é fácil de se descobrir e de se aceitar". (IIª ed. - 1989 - Ed. Paulínas).

Atuando na arte da vida!

"As condições da sociedade nos obrigam todos a rever os métodos, a procurar por todos os meios ao alcance, estudar o modo de fazer chegar ao homem moderno a mensagem cristã, única na qual ele poderá encontrar a resposta à suas interrogações e a força para sua aplicação de solidariedade humana". (Paulo VI, evangelii nutiandi, Ed. Paulínas-1986 - aos 08/12/1975).

Dos grandes protagonistas da Bíblia, um foi de suma importância para a concretização do Reino e ligação da terra com o céu: Pedro.

Pedro, de simples pescador, a partir de um encontro pessoal e íntimo com Jesus, vivênciou a experiência de ser Papa. Lógico que Deus não o escolheu por saber teorias e documentos, porém a partir desta experiência e encargo, Pedro foi adquirindo tais aptidões contudo a escolha do Senhor foi feita por sua capacidade de realizar algo. Pedro conhecia seu "peixe" e manipulava muito bem sua "rede" logo, usou, a pedido do próprio Senhor, o que de melhor sabia para pescar almas.

Também naquela época, bastava alguns gritos e pronto, o reino de Deus era oferecido aos bem aventurados. Hoje não. Numa sociedade onde buzinas e sirenes compõem mais alto suas conclusões e convicções, não se permite parar para explicações e teorias, é necessário sim ir ao encontro do tal homem moderno com criatividade e experiência e usar a "rede".

A nós, leigos engajados, cujas veias corre o desejo de evangelizar mais e melhor, é de extrema importância que nos adaptemos ao cotidiano do povo de Deus e não ficarmos somente fechados em templos e comunidades, somente rezando e esperando que tudo caia do céu pois nem a chuva que dele caí está apta para se beber. Deus nos dá o talento, um cesto, cabe a nós oferecer talento (pães e peixes) para a multiplicação. É conosco oferecer isto para Deus. Não podemos ficar escondendo nossos candelabros nem tampouco guardar tudo o que temos por medo ou insegurança esperando a volta do dono. Se for assim, nosso destino já está selado (leia Lc.19,23).

Ora, hoje em dia não se consegue ter muito êxito dando gritos de aleluia com uma Bíblia na mão em meio as calçadas. Se antes Pedro com três ou quatro grito ofereceu o Reino ao povo, na realidade em que vivemos, com instrumentos e microfones, ofereceremos o mais e o melhor da recompensa dos operários da última hora. Se pulando, Davi glorificava o Nome de seu Deus, atuando num palco ou dançando com clareza de intenção, glorificaremos tanto quanto mais.

"Por isso, a Igreja pede aos fiéis leigos que estejam presentes, em nome da coragem e da criatividade intelectual, nos lugares privilegiados da cultura, como são o mundo da escola e da universidade, os ambientes da investigação científica e técnica, os lugares da criação artística e da reflexão humanística". (Conc.Ecum.Vaticano II sobre a Igreja no mundo contemporâneo Gaudium Et Spes, 58).

A realidade hoje é outra e isto, ou veremos em nós ou sobre nós pois o "rolo compressor" do Espirito Santo tem pressa no que diz respeito à obra Nova de Deus aqui na terra.

Todavia, como em qualquer outra área, humana ou exata, quando se caí no ativismo ou o exagero demasiado, se cria um sentimento de não aceitação das coisas que não são do nosso agrado. O desejo de realizar aquilo que para nós parece o melhor, poderá fundir a barreira entre ficção e realidade e o perigo será de deixarmos de ser Igreja de Deus para ser um artista qualquer.

Deus não quer que saiamos por aí tocando e dançando o que achamos que temos direito (nem tudo nos convém). Em tudo, tem de haver moderação e disciplina e é indispensável a obediência à Igreja nas pessoas do Papa, Bispos e Padres. Devemos obedecer e acatar no coração toda e qualquer decisão tomada pela Igreja já que "Quem obedece nunca erra" (Santa Terezinha do menino Jesus).

"O testemunho de uma comunhão sólida com o Papa e com o Bispo, e na estima recíproca de todas as formas de apostolado da Igreja". (Apostólicam Actuositatem 20 - citação doc.53 da CNBB sobre a RCC, pág.16).

Seja o melhor!

Crie, pense, "bole", componha, escreva, dance, cante, especialize-se em artes, faça faculdade de música, arte cênica enfim, estude. Tudo o que é criativo pode ser usado para a Obra de Deus. Logicamente, use de muito discernimento e comunhão com a Igreja e para isso, daremos alguns passos de início de formação.

1) Nem pense em uma nova evangfelização se você não tem um coração conquistado e um espiritualidade definida!

É impossível alguém que não teve contato íntimo e real com o Senhor tentar qualquer forma de expressar-se artisticamente na evangelização. É necessário se obter um coração manso e simples, desprovido do mundo, vivo e ativo para a realidade evangélica e pastoral, buscando e encontrando sua espiritualidade e santidade. A Espiritualidade é o veículo da sua fé e a santidade o motivo dela.

2) Ter conhecimento profundo da palavra de Deus, entender a tradição e o magistério.

Não existe um cantar, dançar, pregar, falar das coisas de Deus se não estiver em comunhão com as diretrizes da Igreja. O artista é completo quando conhece e entende a sua fé, sua crença e sua "rede".

Deve este artista entender o papel da tradição na Igreja. Jesus começou sua pregação "falada" e não "escrita". 40 anos após a morte e ressurreição de Cristo foi que São Marcos iniciou seu evangelho. Isto faz parte de Tradição.

E o Magistério é quem salvaguarda tudo isso e relembra aos fiéis apontando um melhor caminho de fé e vida. Existiram outros evangelhos escritos que foram considerados sagrados. A escolha do número de livros sagrados foi feita por volta do século II pela autoridade da Igreja (o Magistério), autoridade esta dada pelo próprio Senhor (leia Jo.20,21).

A missão da Igreja é zelar pela integridade da fé, interpretar a Palavra de Deus e os ensinos recebidos das primeiras gerações de apóstolos e cristãos.

O que vivemos hoje em nossa fé católica é o que recebemos dos primeiros cristãos (Tradição) e guardado pela Igreja (Magistério) fiel a Palavra de Deus (II Ts.2,15).

Sem um profundo e dinâmico conhecimento da Palavra, não se pode tentar ao menos querer um mínimo conhecimento da vida e da missão de Jesus e, assim, quando repassamos alguma teoria para frente, estamos nos alicerçando em hipóteses. Quanto a isto, o Papa Paulo VI afirma: "A Igreja evangeliza unicamente, quando firmada na potência divina da mensagem que transmite". (Exortação Apost., evangelii Nutiandi - 1976)

3. Testemunho de vida e de amor

É necessário se ter um espírito desprovido e de renuncias constantes ao que se ensina como forma de vida que o mundo oferece aos artistas. É importante o testemunho de amor a Deus sobre todas as coisas, à Igreja e principalmente ao irmão. Quanto a isto trago comigo milhares de testemunhos pelos lugares que passo tocando e cantando. Você não precisa se esforçar para fazer Deus acontecer, basta amar o povo que você, por caridade, quer que seja acolhido nos braços do Senhor. Amar ainda continua sendo melhor show.

Com isso, tanto as formas de se expressar artisticamente quanto equipamentos acústicos e sonoros, não querem dizer nada se o teu relacionamento com o Pai, com a Igreja e com o irmão está em declínio. Sua arte dará melhores e santos resultados quando esta produzir:

Coração conquistado - Entendimento real da palavra - Amor (caridade).

Um violão sozinho não toca e, mesmo se tocasse não produziria vida, o único canal entre Deus e o povo é quem toca e não o instrumento. Vida produz vida, violão produz som!. Seu instrumento tem de ser o seu testemunho de vida em constante processo de conversão e amor. Disto dependerá muitos peixes pescados para o Reino de Deus. Foi assim com muitos "artistas" da Bíblia.

Ora, use sua imaginação. Pouco importa para Deus se você é o melhor instrumentista que existe ou "mal" saiba arranhar um violão, especialize-se em pescador de almas. E independente de você tocar oboé ou harpa, se acontecer louvor, produzir em você coração renovado, amor-caridade e conversão é válido, faz bem ao Reino e provém do coração de Deus. Fora ser isso uma poderosa arma para salvar vidas e levar almas para o Reino de Deus e como diz a Palavra "Aquele que fizer um pecador retroceder de seu erro, terá salvo sua alma..." (Tg. 5,19).

"Porque, pois, não puseste o teu dinheiro num banco?

Na minha volta eu o teria retirado com juros". (Lc.19,23)

Vamos dar, literariamente, uma definição para a palavra Marketing: "estudo das atividades comerciais que, partindo do conhecimento das necessidades e da psicologia do consumidor, procura dirigir a produção, adaptando-a ao melhor mercado".

Não quero dar uma de "marketeiro" porque não o sou mas a experiência de pesqueiro te dá uma certa liberdade em falar coisas que provei. O Markenting consiste em você oferecer seu "produto" provando ser ele o melhor para o consumidor. Para isso é necessário conhecer bem o "produto", ter experimentado e saber um pouco da vida de quem vai consumi-lo. Não basta saber que o consumidor existe e precisa do produto. É mais que isso. Você precisa sondá-lo bem e saber de seus mais íntimos desejos enquanto pessoa que talvez nunca tenha ouvido falar daquilo que você oferece.

Veja bem, não adiantará nada você começar a pregar vida à alguém que morre de fome. Saber que seu estômago está vazio é o seu primeiro passo.

O "Markenting" bem aplicado, usado de forma correta e disciplinada, resolverá o problema da evasão dos fiéis e a falta de entusiasmo e motivação dos mesmos. Tenho uma experiência com jovens e posso testemunhar aquilo que pondero. Um Markenting bem aplicado leva um número significativo de jovens a ter um renovado interesse e amor pelas coisas de Deus, pela Igreja a ponto de uma participação diária nas missas, trabalhos pastorais e disponibilidade para evangelizar outros jovens (no caso). E quando se fala de jovens, parece-me mexer diretamente com nosso Papa, quando o mesmo afirmaOs jovens não devem ser considerados simplismente como o objeto da solicitude pastoral da Igreja: são de fato, e devem ser encorajados a serem sujeito ativo, protagonistas da evangelização e artífices da renovação social". (Christifideles Laici-pág.129-130)

Lógico que não basta nem se contenta coração com o tal Markenting. Ele atrai, busca mas não persevera. Tudo terá sido em vão se o "consumidor" das coisas de Deus não for diretamente conquistado pelo próprio Senhor. São Bento, um grande santo de nossa Igreja, resume bem o perfil dos que tem de estar com o Senhor quando anuncia: "Deus quer aqueles que ele pegou pelo coração" e um coração não se completa com eventos nem profissionalismo. É diretamente com Deus.

Também temos que saber "ultrapassar em nós mesmos a ruptura entre Evangelho e vida quotidiana". É a própria voz do Papa que ecoa do seio da Igreja e chega até nós neste sentido em sua homilia no início de Pastor supremo da Igreja em 22 de outubro de 1978.

Não tenho desejo nenhum de ensinar ao pedreiro como fazer cimento, seria um desastre, não é para falar de técnicas de evangelização que existe este livro contudo, a experiência dita a realidade. O que exponho aqui não são simples teses ou teorias de um trabalho estranho à Igreja. São realidades, como disse, que já estão acontecendo e o melhor, produzindo muitos frutos de adesão, conversão e santificação.

Já é tempo de sairmos das nossas hibernadas espirituais e colocarmo-nos como agentes ativos da evangelização (a quem se sente chamado, pelas artes).

"Novas situações, tanto eclesiais quanto sociais, ecocômicas políticas e culturais, reclamam hoje, com uma força toda particular, a ação dos fiéis leigos. Se o desinteresse foi sempre inaceitável, o tempo present torna-o ainda mais culpado. Não é lícito a ninguém ficar inativo". (Christifideles Laici - pág. 11)

É preciso acordar para a realidade. Usar de todos os métodos para trazer os excluídos de volta ao "lar que é a Igreja; usufruir de todos os meios, sejam eles visuais, televisivos, musicais etc. "O caminho que hoje se privilegia para a criação e a transmissão da cultura ´e o dos instrumentos da comunicação social" (Christifideles Laici - pág.125).

Fonte: Beatitudes.